Fragmento 1
Alice estava começando
a se cansar de ficar sentada ao lado da irmã à beira do lago, sem ter nada para
fazer: uma ou duas vezes ela tinha espiado no livro que a irmã estava lendo,
mas o livro não tinha desenhos, nem diálogos. “E de que serve um livro”, pensou
Alice, “sem desenhos ou diálogos?” Assim ela ficou pensando consigo mesma (da
melhor maneira possível, pois o dia quente a fazia se sentir muito sonolenta e
estúpida) se o prazer de fazer uma corrente de margaridas valeria o esforço de
se levantar e colher as margaridas, quando de repente um Coelho Branco de olhos
cor-de-rosa passou correndo perto dela.
CARROL, Lewis. Alice no país das maravilhas.
Tradução Rosaura Eichenberg. Porto Alegre: 2007. P.168-169.
Fragmento 2
“Que júri considere o seu veredicto”, disse o rei pela
vigésima vez naquele dia.
“Não, não!, disse a Rainha. “A sentença primeiro...depois o
veredicto.”
“Mas que tolice!”, disse Alice em voz alta. “Que ideia de
ter a sentença primeiro!”
“Cale-se!”, disse a Rainha, vermelha de raiva.
“Não me calo!”, disse Alice.
“Cortem a cabeça dela!”, gritou a Rainha com toda a força
dos pulmões. Ninguém se moveu.
“Quem se importa com vocês?”, disse Alice (ela tinha chegado
ao seu tamanho normal a essa altura). “Vocês não passam de um baralho de
cartas!”
Quando acabou de dizer essas palavras todo o baralho se
ergueu no ar, e as cartas caíram voando sobre ela. Alice deu um gritinho, meio
de medo e meio de raiva, e tentou afastá-las debatendo-se, mas se descobriu
deitada na margem do lago, com a cabeça no colo da irmã, que gentilmente
afastava umas folhas mortas que tinham caído das árvores e vindo esvoaçar sobre
o seu rosto.
CARROL, Lewis.
Alice no país das maravilhas. Tradução Rosaura Eichenberg. Porto Alegre: 2007. P.168-169.
Veja os desenhos abaixo
sobre os fragmentos de Alice
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirLegal, Nicholas! Gostei do seu comentário.Beijos.Dora
Excluir