segunda-feira, 7 de maio de 2012

Ilustrando a História em dois momentos


Fragmento 1

Alice estava começando a se cansar de ficar sentada ao lado da irmã à beira do lago, sem ter nada para fazer: uma ou duas vezes ela tinha espiado no livro que a irmã estava lendo, mas o livro não tinha desenhos, nem diálogos. “E de que serve um livro”, pensou Alice, “sem desenhos ou diálogos?” Assim ela ficou pensando consigo mesma (da melhor maneira possível, pois o dia quente a fazia se sentir muito sonolenta e estúpida) se o prazer de fazer uma corrente de margaridas valeria o esforço de se levantar e colher as margaridas, quando de repente um Coelho Branco de olhos cor-de-rosa passou correndo perto dela.
 CARROL, Lewis. Alice no país das maravilhas. Tradução Rosaura Eichenberg. Porto Alegre: 2007. P.168-169.


Fragmento 2

         “Que júri considere o seu veredicto”, disse o rei pela vigésima vez naquele dia.
         “Não, não!, disse a Rainha. “A sentença primeiro...depois o veredicto.”
         “Mas que tolice!”, disse Alice em voz alta. “Que ideia de ter a sentença primeiro!”
         “Cale-se!”, disse a Rainha, vermelha de raiva.
         “Não me calo!”, disse Alice.
         “Cortem a cabeça dela!”, gritou a Rainha com toda a força dos pulmões. Ninguém se moveu.
         “Quem se importa com vocês?”, disse Alice (ela tinha chegado ao seu tamanho normal a essa altura). “Vocês não passam de um baralho de cartas!”
         Quando acabou de dizer essas palavras todo o baralho se ergueu no ar, e as cartas caíram voando sobre ela. Alice deu um gritinho, meio de medo e meio de raiva, e tentou afastá-las debatendo-se, mas se descobriu deitada na margem do lago, com a cabeça no colo da irmã, que gentilmente afastava umas folhas mortas que tinham caído das árvores e vindo esvoaçar sobre o seu rosto.
CARROL, Lewis. Alice no país das maravilhas. Tradução Rosaura Eichenberg. Porto Alegre: 2007. P.168-169.



Veja os desenhos abaixo sobre os fragmentos de Alice








               

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